Rumo ao Jamor

Porto voltou a apostar num 523 em momento defensivo, assumindo um bloco alto mas mais controlador que pressionante. Boa divisão dos espaços na frente (avançados e médios) e correta interpretação dos momentos de pressão, seja quando a bola entrava dentro, quando chegava a corredor lateral ou quando era possível seguir na pressão ou largar referências individuais para criar zonas pressionantes.

Ascendente azul e branco pela forma como conseguiram criar muitas dificuldades na construção do Sporting, inclusive em vários lances onde nem sequer eram forçados ao erro pela postura expectante da sua primeira linha de pressão. Várias recuperações de bola, principalmente na segunda parte, permitiram encostar os leões atrás e não fossem os muios erros técnicos ou de decisão em zonas de criação e o resultado poderia ter sido diferente.

Sporting nunca conseguiu explorar a altura da linha defensiva adversária. Sem conseguir ativar os movimentos exteriores em construção de Matheus Nunes e de Sarabia, foi sempre pela descida do lateral com posterior condução interior que os visitantes tentaram sair da pressão adversária. O único lance de perigo criado pela equipa de Ruben Amorim foi numa dessas bolas, onde Matheus Nunes se isolou depois de se colocar em criação quando Matheus Reis desceu no campo para receber. Sem a envolvência do médio brasileiro entre linhas, nunca o Sporting conseguiu criar perigo com os movimentos dos três da frente.

Porto com menos risco na construção, optando por jogar longo e ganhar metros após segundas e terceiras bolas. Poucas foram as vezes em que o ataque organizado azul e branco se ligou desde trás, mas também nunca permitiram ao Sporting recuperar em zonas altas do campo. Já mais à frente, Vitinha, Otávio e Fábio Vieira conseguiam reter a bola e acrescentar qualidade à sua posse. O Porto foi sempre mais perigoso a partir de recuperações altas, no entanto tanto em contra-ataque como em ataque posicional, os erros em criação não permitiram que as situações de potencial fossem materializadas em reais oportunidades de golo.

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